O homem pensa que
manda,
e a mulher finge que
obedece.
É vantajoso, para todos, ter uma visão fria e realista do
lado feio feminino. Até porque o natural é haver dois lados em tudo, o lado
bom, e o lado ruim. O lado feio das mulheres é aquele lado que ninguém, nem
elas próprias, querem encarar e muito menos expor.
Mulheres, como dito antes, só perdem, encarando seus
parceiros como rivais, como já fizeram por muito tempo. Para ter bom relacionamento basta tornar mais
simples a convivência com o sexo oposto, tão mal aproveitado. E, cá p’rá nós, é bem mais fácil às mulheres
se responsabilizem por isso.
Dificuldade num
relacionamento:
Foi assimilada aquela doce imagem da mulher
sempre carinhosa, dedicada, amorosa, sensível e frágil. Sua própria aparência
ajuda a manter esta fantasia. Difícil mostrá-la de outra forma. Não as estou
acusando de monstros (depende, não é mesmo?), mas também não são o que
aparentam. Há certas características –
encobertas, como se estivessem dentro de um armário bem trancado - que
somente as próprias representantes do suposto sexo frágil têm condições de
conhecer.
Passamos a vida inteira lendo livros, artigos,
reportagens, ouvindo entrevistas, em que até hoje os homens são apontados como
verdadeiros seres insensíveis e as mulheres as coitadinhas, obrigadas a tolerar
todas as dores e sofrimentos decorrentes do
machismo (ainda bem que essa é uma opinião que vai se esvaindo). É uma idéia tão arraigada, que as próprias mulheres
ainda não se conscientizaram de que houve uma quase troca de papéis. Esse conceito, distorcido para a presente
realidade, nos acompanha há tanto tempo que é quase impossível ser alterado,
embora as mulheres da atualidade não os vejam de tal forma. Ao menos é o que dizem algumas delas!
Já notaram que nos filmes mais atuais
as mulheres surgem lutando,
com armas nas mãos.
Nossa sociedade, insistindo em preservar uma
fantasia, moldada em épocas passadas, embora já superada, prefere ignorar o
poder de fogo feminino, hoje sabiamente explorado por elas. Apesar de toda
mudança existente, as representantes do sexo feminino continuam sendo
apresentadas como frágeis.
Quando menciono fragilidade, não me refiro ao
lado físico, pois não é ele o mais importante. Para “detonar” uma falsa fragilidade, basta
perceber que as mulheres têm mais força que uma granada. E aí não há músculo capaz de ultrapassar seu
poder; é o que torna os homens tão vulneráveis diante do que seria, segundo
nossa crença, sua presa.
Desmascarar o mito da fragilidade feminina deve
ser desconfortável para os homens. Acostumados à fama de dominadores, uma visão
diferente pode não lhes agradar. Para eles talvez represente uma inversão de
valores, na qual passem a ser apontados como fracos, o que não é verdade. Ainda
não perceberam a desvantagem que significa manter um poder camuflado. Além disso, os homens se iludem e se tornam
ingênuos pela falta de acesso ao interior da alma de uma mulher, tão diferente
do seu.
Mas, por favor, falar da
ingenuidade masculina não significa crítica, muito pelo contrário. Ingenuidade
não é fraqueza, ainda mais numa questão tão complexa. Os homens precisam lidar com grande
contradição: a cândida mulher irreal (em que continuam acreditando), e aquelas
que vivem ao ser redor.
Após alcançar a liberdade
que não tinham antes, as mulheres tiveram chance de liberar sua crueldade
felina - arma indispensável na eterna competição entre elas - usando-a também
contra os homens. Sendo assim, eles se
tornaram indefesos, pela dificuldade de entender coisa tão complicada da qual
são isentos.
Deixou de ser o vilão
e virou um herói!
Não posso deixar de citar Machado de Assis que, em quase
todos os seus livros, deixa a arte de dissimulação de uma fêmea à mostra na
maioria das suas personagens. A dissimulação é uma perigosa aliada. Poucos
homens visualizaram com tanta clareza as garras do considerado sexo frágil.
Existem duas mulheres numa só. Adoram mostrar sua
adquirida autos-suficiência e independência; mas nem sempre. Dependendo das
circunstâncias, podem parecer um verdadeiro trator (nos casos de confronto, por
exemplo), enquanto em outros momentos aparentam ser uma criatura indefesa. É
interessante, para elas, que sua falsa fraqueza esteja à vista de todos,
parecendo real, para usá-la oportunamente.
Não me baseio em épocas atuais ou em povos
não civilizados como os muçulmanos, por exemplo, onde a mulher se submete e não
tem direito sequer de mostrar o rosto ou cabelos. O comportamento aqui comentado é o usado
até agora em nossa sociedade, substituído por um comportamento em que a mulher
e o homem se igualaram profissionalmente, economicamente ou dentro de casa.
Quanto aos homens, não me refiro àqueles violentos, problemáticos como
drogados, alcoólatras ou psicopatas e sim à maioria deles, o homem comum, este
presente que foi dado a nós, pela natureza, e pouco valorizado.
Ter um homem é um privilégio !
Para os homens é estimulante acreditar que detêm a força,
após serem convencidos disto durante toda a história da humanidade. E como não
acreditar, se isso faz parte da nossa cultura? Gerações a gerações, essa idéia
nos foi transmitida. É uma crença que
faz bem ao ego do macho, embora hoje não lhe traga mais as vantagens que tinham
antes.
Todas as mulheres, sem exceção, mesmo as
menos esclarecidas, possuem uma malícia impiedosa. Obviamente, algumas a sabem
usar mais e outras menos. Mas é um “talento” próprio, sempre presente.
Naturalmente, nenhuma fêmea se vê dessa maneira.
Como
cúmplices, há diversos fatores incentivando a crença na discutível fraqueza
feminina. O clamor da sociedade - através dos meios de comunicação saem sempre
em sua defesa, mesmo injustamente; o apoio e proteção de várias entidades; e o
interesse na comodidade que tudo isto pode proporcionar a todos os mortais.
Toda a nossa
cultura, embora ultrapassada,
ajuda a “sofrida
mulher”
e massacra o homem.
A força física masculina é proporcional à sua
ingenuidade perante às mulheres. Às vezes, mesmo os homens mais autoritários,
pensam estar tomando as decisões e mandando, quando estão, na verdade, sendo
sutilmente encaminhados por suas parceiras. As mais inteligentes preferem
convencer com seu jeitinho ao invés de exigir.
O raciocínio feminino é sinuoso, cheio de rodeios. Já o
raciocínio masculino, mais direto e objetivo, torna-os vulneráveis. O contraste
nessa área, não os deixa fazer frente a elas nem na mentira. Não significa que
sejam mais verdadeiros e não mintam. Não se trata disso. Mas, por exemplo, é
fácil uma mulher perceber quando seu companheiro está mentindo, o que não
acontece quando é o inverso.
Você é da época em que existiam
as chamadas 'matronas' da família ?
Sabe qual era o papel dominante que ela exercia?